Estados debatem porte de armas para os CAC
As Assembleias legislativas Estaduais estão debatendo projetos de lei para permitir porte de armas aos CAC (que possuem Certificado de Registro que comprova estar autorizado a desempenhar a atividade de Atirador Desportivo, Caçador ou Colecionador).
O porte de armas atualmente é restrito aos profissionais de segurança pública, membros das Forças Armadas, policiais e agentes de segurança privada. O porte de arma se estendido aos CAC permitirá sair de casa armado sem a necessidade da “guia de tráfego”.
Atualmente o tema está sendo analisado em 22 unidades da Federação, sendo que três já aprovaram projetos de lei e aguardam sanção do Poder Executivo. Outras dois (Distrito Federal e Rondônia) já aprovaram a medida e têm leis publicadas, esperando apenas a regulamentação do governo estadual.
Já pelo âmbito Federal, o Projeto de Lei 6354/19, aprovado em 10/05 pela Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, permite que o cidadão obtenha o porte de arma de fogo sem a demonstração (comprovação) de sua “efetiva necessidade por exercício de atividade profissional de risco ou de ameaça à sua integridade física”. Essa exigência está contida no Estatuto do Desarmamento (art. 10, §1º, inciso I), que é revogada pela proposta.
O texto aprovado mantém a exigência de demonstração da efetiva necessidade para a compra de armas adicionais (a partir da segunda arma).
Além disso, conforme o texto aprovado, para adquirir arma de fogo de uso permitido, o interessado deverá preencher declaração de responsabilização criminal, civil e administrativa pelas informações prestadas à Polícia Federal. Entre essas informações, está a declaração de efetiva necessidade.
Ou seja, a proposta aprovada:
– retira do Estatuto do Desarmamento a exigência de “demonstração” da efetiva necessidade para a obtenção do porte de arma de fogo;
– mantém a “declaração” de efetiva necessidade para a aquisição da arma;
– mantém a “demonstração” da efetiva necessidade para a aquisição de armas adicionais.
O projeto ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois seguirá para o Plenário.
Fonte: Agência Câmara de Notícias