A morte do influenciador conservador americano Charlie Kink nesta quarta (10) nos Estados Unidos, após ser baleado no pescoço durante uma palestra em uma universidade do estado de Utah, fez aumentar a preocupação com a violência política não apenas no país norte-americano, mas também aqui no Brasil.
A morte de Kink foi confirmada pelo próprio presidente Donald Trump e vista como preocupante por parlamentares brasileiros da oposição. As declarações de repúdio à violência política e solidariedade ao aliado do líder norte-americano são enfáticas contra o recrudescimento da ofensiva contra a direita.
“Se a esquerda mata pessoas e não é chamada de ‘extrema esquerda’, imagine se fosse. […] Eles querem nos silenciar, mas o que conseguiram foi nos despertar. Charlie Kirk não partiu em vão. E quando tentarem nos esmagar, perceberão tarde demais: criaram uma geração que jamais será derrotada”, afirmou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) em uma rede social.
Kirk, de 31 anos, era atualmente uma das vozes mais conhecidas do movimento conservador norte-americano. Ao longo da carreira, ganhou destaque por mobilizar jovens em defesa de pautas alinhadas ao movimento conservador e se tornou figura recorrente em conferências e programas de televisão nos Estados Unidos. Kirk foi um dos principais nomes da campanha republicana que culminou na vitória do presidente Donald Trump nas eleições do ano passado.
Ele chegou a se manifestar, em meados de março deste ano, sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF) pela suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Em seu programa de rádio, Kirk fez um apelo para que o governo Trump impusesse sanções e tarifas contra o Brasil em retaliação, classificando a ação penal como “chocante e horrível”.
Em uma postagem na internet, Trump culpou o que chama de “esquerda radical” pela morte de Charlie Kirk, o que foi emendado por Nikolas como “a culpa é dos radicais ou de quem mostra e foi vítima da radicalização”, questionou.